ORIXÁS
A partir de hoje falarei sobre os 7 (sete)
Orixás na Umbanda sendo eles: Oxalá, Ogum, Iemanjá, Iansã, Oxóssi, Oxum e
Xangô. Agradeço a todos e tenham uma ótima leitura. Saravá!
OXALÁ, O ORIXÁ DA CRIAÇÃO
Na Umbanda, Oxalá representa o mais alto na hierarquia
dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médium supremo. Nos
pontos riscados é representado por uma estrela de cinco pontas. Como Orixá na
Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:
OXAGUIAN: o Oxalá Menino, que é sincretizado com o Menino
Jesus de Praga.
OXALUFAN: o Oxalá Velho, sincretizado com Jesus no Monte
das Oliveiras.
OXALÁ: sincretizado com Jesus Cristo.
Tanto na Umbanda quanto no Candomblé é de Oxalá a tarefa
de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima
de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos
primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o criador da cultura
material.
Oxalá é representado nos Congas por Jesus e é a
autoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar
seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra. Sua imagem é a
de Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca. Oxalá é considerado o Orixá maior
na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos e vibrações através
dos outros Orixás.
Éter e Luz: são o elementos e a força da Natureza
correspondentes à Linha de Oxalá.
Dia da Semana: Sexta-feira.
Vibração: atua no chacra coronário.
Cor: Branca, com raios dourados.
Cores da Guia: Contas brancas leitosas.
Dia da Semana: Sexta-feira.
Vibração: atua no chacra coronário.
Cor: Branca, com raios dourados.
Cores da Guia: Contas brancas leitosas.
OXALÁ NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS
O mais importante e elevado do Panteão lorubá; foi o
primeiro Orixá criado por Olorum (O Deus supremo). E um dos Orixás Fun-Fun (da
cor branca).
São muitas as suas lendas e extensa sua origem e história
na África. No Brasil, são mais conhecidos Oxalufan “o velho” e Oxaguian “o
moço”. Na sua forma “guerreira”, Oxalá carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza;
na condição de velho e sábio, curvado pelo peso dos anos, é uma figura nobre e
bondosa que carrega um cajado, o Opaxorô, de forte simbologia, utilizado para
separação do Orun (o Céu) e o Ayié (a Terra). No Brasil é o mais venerado e sua
maior festa é uma cerimônia chamada “Águas de Oxalá”, que diz respeito à sua
lenda dos sete anos de encarceramento, culminando com a cerimônia do “Pilão de
Oxaguian”, para festejar a volta do Pai. Esse respeito advém da sua condição
delegada, por Olorum, da criação e governo da Humanidade.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ
Os filhos de Oxalá são pessoas tranqüilas, que tendem à
calma até nos momentos mais difíceis. São amáveis e pensativos, mas não costumam
ser subservientes. São articulados, reservados e às vezes muito teimosos, sendo
difícil convencê-los de que estão errados na resolução de um problema. Em
Oxalufan, o Oxalá mais velho aparece com a tendência para o debate e a
argumentação.
A LENDA AFRICANA
Orixalá ou Obatalá foi encarregado por Olorum de realizar
uma grande e importante tarefa: a da criação do mundo. Para isso, recebeu de
Olorum o “Saco da Criação”. Mas antes de iniciar sua viagem para o cumprimento
da missão era necessário que Oxalá realizasse oferendas para Bará. Mas, com
seu caráter um tanto orgulhoso, não o fez.
Iniciou então sua caminhada, e, ao chegar à porta do
além, encontrou Exu-Bará, fiscal das comunicações entre os dois mundos. Ao
saber que o Grande Orixá não havia feito as oferendas, fez com que ele sentisse
muita sede durante a caminhada. Oxalá não teve outra saída senão tomar o
líquido refrescante que escorre do dendezeiro – o vinho de palma. Com isso
ficou bêbado, perdeu o rumo e adormeceu.
Veio então Odudua, criado depois de Oxalá, e, vendo-o
adormecido, roubou-Ihe o Saco da Criação e levou até Olorum, que disse: “Vá
você Odudua, vá e crie o mundo”. Odudua encontra uma grande extensão de água e
deixa cair o conteúdo do Saco da Criação – a terra; formou-se um monte que
ultrapassou as águas. Odudua colocou sobre o monte de terra uma galinha de
cinco patas, que espalhou a terra sobre as águas. A terra foi se alargando cada
vez mais criando a cidade de llê-lfê.
Quando Oxalá acordou e não encontrou o Saco da Criação
procurou Olorum, que o castigou proibindo-o de beber vinho de palma e usar
azeite de dendê. Como consolo, ordenou-lhe que moldasse no barro o corpo dos
seres humanos, sobre os quais Ele, Olorum, sopraria a vida.
Texto e pesquisa: Virgínia Rodrigues – base de consulta:
www.auxiliadora.org.br
Fonte: Revista Espiritual de Umbanda – Nº 12