quarta-feira, 2 de maio de 2012



ORIXÁS



A partir de hoje falarei sobre os 7 (sete) Orixás na Umbanda sendo eles: Oxalá, Ogum, Iemanjá, Iansã, Oxóssi, Oxum e Xangô. Agradeço a todos e tenham uma ótima leitura. Saravá!

OXALÁ, O ORIXÁ DA CRIAÇÃO


Na Umbanda, Oxalá representa o mais alto na hierarquia dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médium supremo. Nos pontos riscados é representado por uma estrela de cinco pontas. Como Orixá na Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:


OXAGUIAN: o Oxalá Menino, que é sincretizado com o Menino Jesus de Praga.


OXALUFAN: o Oxalá Velho, sincretizado com Jesus no Monte das Oliveiras.


OXALÁ: sincretizado com Jesus Cristo.

Tanto na Umbanda quanto no Candomblé é de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o criador da cultura material.

Oxalá é representado nos Congas por Jesus e é a autoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra. Sua imagem é a de Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca. Oxalá é considerado o Orixá maior na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos e vibrações através dos outros Orixás.

Éter e Luz: são o elementos e a força da Natureza correspondentes à Linha de Oxalá.
Dia da Semana: Sexta-feira.
Vibração: atua no chacra coronário.
Cor: Branca, com raios dourados.
Cores da Guia: Contas brancas leitosas.


OXALÁ NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS

O mais importante e elevado do Panteão lorubá; foi o primeiro Orixá criado por Olorum (O Deus supre­mo). E um dos Orixás Fun-Fun (da cor branca).

São muitas as suas lendas e extensa sua origem e história na África. No Brasil, são mais conhecidos Oxalufan “o velho” e Oxaguian “o moço”. Na sua forma “guerreira”, Oxalá carrega uma espada, cheio de vigor e no­breza; na condição de velho e sábio, curvado pelo peso dos anos, é uma figura nobre e bondosa que carrega um cajado, o Opaxorô, de forte sim­bologia, utilizado para separação do Orun (o Céu) e o Ayié (a Terra). No Brasil é o mais venerado e sua maior festa é uma cerimônia chamada “Águas de Oxalá”, que diz respeito à sua lenda dos sete anos de encar­ceramento, culminando com a cerimônia do “Pilão de Oxaguian”, para festejar a volta do Pai. Esse respeito advém da sua condição delegada, por Olorum, da criação e governo da Humanidade.


CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ

Os filhos de Oxalá são pessoas tranqüilas, que tendem à calma até nos momentos mais difíceis. São amáveis e pensativos, mas não cos­tumam ser subservientes. São articulados, reservados e às vezes muito teimosos, sendo difícil con­vencê-los de que estão errados na resolução de um problema. Em Oxalufan, o Oxalá mais velho aparece com a tendência para o debate e a argumentação.


A LENDA AFRICANA

Orixalá ou Obatalá foi encarregado por Olorum de realizar uma grande e importante tarefa: a da criação do mundo. Para isso, recebeu de Olorum o “Saco da Criação”. Mas antes de iniciar sua viagem para o cumprimento da mis­são era necessário que Oxalá realizasse oferendas para Bará. Mas, com seu caráter um tanto orgulhoso, não o fez.

Iniciou então sua caminhada, e, ao chegar à porta do além, encontrou Exu-Bará, fiscal das comunicações entre os dois mundos. Ao saber que o Grande Orixá não havia feito as oferendas, fez com que ele sentisse muita sede durante a caminhada. Oxalá não teve outra saída senão tomar o líquido refrescante que escorre do dendezeiro – o vinho de palma. Com isso ficou bêbado, perdeu o rumo e adormeceu.

Veio então Odudua, criado depois de Oxalá, e, vendo-o adormecido, roubou-Ihe o Saco da Criação e levou até Olorum, que disse: “Vá você Odudua, vá e crie o mundo”. Odudua encontra uma grande extensão de água e deixa cair o conteúdo do Saco da Criação – a terra; formou-se um monte que ultra­passou as águas. Odudua colocou sobre o monte de terra uma galinha de cinco patas, que espalhou a terra sobre as águas. A terra foi se alargando cada vez mais criando a cidade de llê-lfê.

Quando Oxalá acordou e não encon­trou o Saco da Criação procurou Olo­rum, que o castigou proibindo-o de beber vinho de palma e usar azeite de dendê. Como consolo, ordenou-lhe que moldasse no barro o corpo dos seres humanos, sobre os quais Ele, Olorum, sopraria a vida.


Texto e pesquisa: Virgínia Rodrigues – base de consulta: www.auxiliadora.org.br

Fonte: Revista Espiritual de Umbanda – Nº 12



terça-feira, 1 de maio de 2012

Iemanjá



Nossa querida mãe criadora e protetora de todos os seres que habitam nesse mundo e em outros mundos desse imenso universo, meu primeiro post é em homenagem a vós que sempre está com todos e em todas as horas, mãe que consola, apara e acima de tudo ama a vossa criação. Agradeço por mais um dia e te peço forças para que esse blog seja repleto amor, de felicidade, fraternidade e muita luz que emana de seus braços a todos que visitarem esse espaço em que vós dedico. "Odô sei abá, Odoiá minha linda mãe Iemanjá".


Para toda a proteção divina que vem dos céus e de nosso criador Deus rezamos:



Pai nosso que estais no céus, nos mares, nas matas e em todos os mundos habitados, santificado seja o teu nome, pelos teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.
Que o teu reino, reino do bem, do amor e da fraternidade nos una a todos e a tudo que criaste, em torno da sagrada cruz, aos pés do divino salvador e redentor.
Que a tua vontade nos conduza sempre para o culto do amor e da caridade, dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis nos nossos semelhantes, dai-nos hoje o pão do corpo, o fruto das matas e a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual.
Perdoa, se merecemos, as nossas faltas, e dê o sublime sentimento do perdão para os que nos ofendam, não nos deixei sucumbir ante a luta, dissabores, ingratidões, tentações dos maus espíritos e ilusões pecaminosas da matéria.
Enviai Pai, um raio da tua divina complacência para teus filhos, pecadores que aqui labutam pelo bem da humanidade.
QUE ASSIM SEJA!

Oh! Doce, Meiga e Querida Mãe Iemanjá.
Vós permitistes que no seio de vossa morada se formassem as primitivas formas de vida,
que foram o berço de toda criação, de toda a natureza, e de toda a humanidade,
aceitai nossas preces de Reconhecimento e amor. 

Oh! visão Divina e Celestial, que os lampejos que emanam do vosso diáfano manto de estrelas venham, como benéficas espirituais, aliviar os nossos males, curar aos doentes, apaziguar os nossos irmãos irados, consolar os corações aflitos.
Que as flores e oferendas que depositamos em vosso tapete sagrado,
sejam por vós aceitas e quando entrarmos nas águas para vos ofertá-las
sejam as ondas do mar portadoras de vossos fluidos divinos.

Fazei, Senhora Rainha das Águas, com que a espuma das ondas em sua alvura imaculada traga-nos a presença de Oxalá, limpe os nossos corações de todas as maldades e malquerências.
Que os nossos corpos, tocados por vossas águas sagradas, liberte-se em cada onda que passa,
de todos os males materiais e espirituais.

Que a primeira onda a nos tocar afaste de nossas mentes todos os eventuais desejos de vingança.
Que a segunda onda lave nossos corações e nosso espírito,
para que não nos atinjam as infâmias e mal querência de nossos desafetos.
Que a terceira onda afaste a vaidade de nossos corações.
Que a quarta onda lave nosso corpo de todos os males e doenças físicas para que, sadios, possamos prosseguir.
Que a quinta onda afaste de nossa mente a ganância e a cobiça.
Que a sexta onda venha carregada de flores e que o maior desejo seja o de cultivar o amor fraternal e a compaixão.
Que na sétima onda, quando puros e limpos de mente, corpo, e alma, ainda que apenas por alguns segundos, se manifeste, se manifeste, se manifeste o esplendor de vossa radiosa, divina e misericordiosa imagem. É
 o que humildemente vos suplicam os filhos de Umbanda.


Odô sei abá, Odoiá minha mãe iemanjá!